Importância da nutrição em indivíduos com Défice Cognitivo Ligeiro

O envelhecimento caracteriza-se pela perda progressiva de integridade fisiológica que potencia incapacitamento, sendo um fator de risco importante em muitas das doenças crónicas. Entre as condições dependentes do envelhecimento, o declínio cognitivo e a demência (usualmente acompanhados de algum grau de doença de Alzheimer) são as mais relevantes, afetando mais de 50 milhões de pessoas a nível mundial.

Défice Cognitivo Ligeiro – O que é? 

De acordo com a Associação Alzheimer Portugal, “o Défice Cognitivo Ligeiro é uma condição médica geralmente definida como a perda das capacidades cognitivas (as funções de pensamento do cérebro) numa proporção maior do que é esperado para a idade da pessoa. Esta perda não interfere significativamente com a vida diária e não é grave o suficiente para justificar um diagnóstico de Demência. As pessoas com Défice Cognitivo Ligeiro, têm mais problemas de memória ou de pensamento do que seria esperado para a sua idade e manifestam algum declínio nas suas capacidades cognitivas. Mas, apesar de poderem ter uma dificuldade crescente nas atividades diárias, geralmente são capazes de funcionar de forma independente”.

A importância da nutrição  

Algumas evidências sugerem componentes alimentares que podem proteger a saúde cognitiva – entre as quais se encontram as vitaminas, nomeadamente, as do complexo B, antioxidantes, selénio, vitamina D, triglicéridos de cadeia média (como os encontrados no coco, manteiga, iogurtes e queijos) e ácidos gordos como o Ómega-3.
Verifica-se também, que dietas ricas em alimentos totalmente naturais apresentam um efeito positivo na saúde cognitiva e na demência, sendo que cerca de 80% dos indicativos sobre a dieta mediterrânica mostram que esta é mais eficaz nesse sentido, comparativamente com outras dietas. Certo é, que determinados alimentos típicos desta dieta, como o azeite, peixes (cavala, sardinhas, carapaus – ricos em ómega-3), legumes frescos e vegetais estão já todos correlacionados com uma melhora significativa do estado de saúde e proteção oxidativa, o que terá efeito benéfico sobre todos os sistemas de saúde, inclusive cerebral e senescente.

A importância das proteínas no Défice Cognitivo Ligeiro

Existem numerosos indicativos e provas de que a ingestão de proteína se relaciona diretamente com a capacidade de originar e manter massa muscular e força, sendo o consumo de proteína sugerido na ordem dos 1 a 1,2 grama por Kg de peso (um indivíduo com 70Kg deverá ingerir 84g de proteína/dia) em indivíduos saudáveis pouco ativos e até 1,5 grama por Kg de peso em indivíduos relativamente ativos (105 g de proteína/dia para o exemplo de um indivíduo de 70Kg de peso corporal), podendo este valor ser bastante mais elevado em indivíduos com lesões/patologias.

Abordagens de prevenção e tratamento 

As estratégias preventivas para proteção contra demência e declínio cognitivo associado ao envelhecimento, devem basear-se em combinações de suplementação antioxidante (desde CoQ10 a glutationa, ómega-3), vitaminas (B, C, D e E). Para além disso, deve associar-se ainda ao consumo de todos estes suplementos uma dieta como a mediterrânica e a introdução de fontes proteicas (aminoácidos) completas e de boa variabilidade – preferencialmente fontes vegetais completas – podem ser outra abordagem essencial.
Por fim, importa referir que a associação de atividade física será também de especial interesse na proteção contra a degenerescência, sem nunca descurar que a sociabilização é outro dos fatores essenciais na proteção da doença cognitiva.

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