Acne

A acne é a oitava doença de pele mais comum, com uma prevalência em todas as idades, apesar dos adolescentes apresentarem maior propensão para adquirir este tipo de patologia.

Sintomas e impactos da acne

Os doentes que sofrem de acne, apresentam, por norma, pontos negros, que se caracterizam por ser folículos obstruídos e cuja abertura está exposta, pontos brancos, ou seja, folículos obstruídos que não estão expostos ao ar, lesões na pele com menos de 1cm de diâmetro (pápulas) e lesões inflamadas e cheias de pus (pústulas). Para além disso, também podem ser observados em pacientes com acne outros sintomas, como cicatrizes, eritema e hiperpigmentação.
Além do desconforto dos sintomas clínicos da acne, os pacientes podem experimentar outros impactos negativos, deixando, por exemplo, que esta afete negativamente a sua vida social, autoestima e imagem corporal.  Um estudo observou, por exemplo, que existem taxas de desemprego significativamente mais elevadas entre indivíduos com acne.

Fatores que podem influenciar a sua severidade

               Fatores alimentares

O consumo de produtos achocolatados e chocolate tem vindo a ser associado com severidade à presença acneica. Porém, um estudo onde o chocolate com 99% de cacau foi utilizado para controle/comparação dessa realidade, demonstrou que o consumo desse alimento ao longo de diversas semanas não resultou numa alteração estatisticamente significativa na acne.
É um facto que o ácido oleico – existente em grande quantidade na manteiga de cacau – pode afetar a queratinização da pele e promover o desenvolvimento de comedões, contribuindo assim, para um agravamento da acne. Contudo, também o leite – presente nesses produtos – é um fator preponderante para se realizar essa associação.
Na realidade, pelo menos três estudos e uma meta-análise sugerem que o consumo de leite pode aumentar a severidade da acne. Apesar disso, o consumo de queijos e iogurtes não demonstrou agravar a patologia.
Já o consumo de fibras, frutas, vegetais e peixe tem vindo a ser correlacionado com uma diminuição no risco da acne severa – apesar de ser necessário referir que sumos de fruta processados, não só não conferem esta proteção como agravam os sintomas acneicos.
De forma geral, os indicativos sugerem que a severidade da acne pode ser influenciada pela dieta, ou seja, que um baixo perfil nutricional, bebidas gaseificadas, alimentos processados, carnes vermelhas, enchidos, frutos secos, ovos, fritos e alimentos com elevado perfil de gorduras hidrogenadas podem potenciar a acne, enquanto, alimentos integrais, fibras, carnes magras e peixes podem diminuir a sua incidência e gravidade.

               Fatores pessoais

O índice de massa corporal (IMC) e ser, ou não, fumador foram correlacionados com a severidade e apresentação de acne. Indivíduos com um IMC mais elevado (≥23 kg/m2 e ≥25 kg/m2) têm maior risco, comparativamente, com indivíduos com IMCs mais baixos, provavelmente, porque quanto maior é o IMC maior é o índice glicémico e os níveis de androgénio o que, claramente, aumenta a secreção de sebo e, consequentemente, aumenta a formação das lesões acneicas.
Relativamente ao tabaco, apesar dos dados serem algo controversos, por existir quem afirme que nas mulheres jovens fumar poderia diminuir o risco de acne, nós acreditamos, pelo contrário, que fumar coloca o indivíduo mais exposto a processos inflamatórios e diminui a resposta imunitária à cicatrização.
Para além destas questões que afetam negativamente a severidade da acne, existem outras, como o sono/insónia, baixa exposição solar, stress (físico e mental), pressão (seja em casa, escola, trabalho…) e o uso de maquilhagem, bem como, viver em áreas de elevado nível poluente (áreas metropolitanas e ambientes urbanos).
No entanto, existem alguns fatores que podem ajudar, tais como, a lavagem frequente da pele afetada e a utilização de produtos adequados.

Óleo ozonizado no tratamento da acne 

A utilização de óleos vegetais combinados com Ozono – um processo no qual o gás de Ozono é combinado com óleos vegetais, normalmente, azeite e óleo de girassol, produzindo um óleo de utilização tópica de elevado potencial cicatrizante – tem demonstrado um enorme sucesso em diversas afeções de pele.
A principal razão para o potencial da utilização dos óleos ozonizados na acne é a presença de ozónidos nestas preparações, que apresentam um elevado potencial antimicrobiano e antissético que permite eliminar bactérias presentes nas mucosas e pele. Para além disso, a degradação dos subprodutos da ozonólise (processo que ocorre para a formação dos óleos vegetais) aumenta a disponibilização de oxigénio nos tecidos inflamados, melhorando o metabolismo tópico e a proliferação celular, que são essenciais para a rápida e eficaz cicatrização dos tecidos danificados.
A aplicação tópica de óleos ozonizados em pele lesada tem um rápido efeito antissético, ao mesmo tempo que, apresenta um elevadíssimo efeito inibitório sobre o crescimento de determinadas bactérias. A sua utilização por períodos de um mês demonstrou que podem reduzir eficazmente o número de lesões da acne. Um estudo clínico de 2020, refere mesmo que após um mês de utilização de um óleo ozonizado, 74% dos pacientes apresenta uma diminuição superior a 50% no número de lesões (inflamatórias e não-inflamatórias) e 50% expõe uma diminuição de cerca de 75%, concluindo assim, que a utilização de óleos ozonizados é biocompatível, eficaz e segura no tratamento de lesões e na diminuição do aparecimento da acne inflamatória e não-inflamatória.

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